quinta-feira, 6 de março de 2014

Você ainda se confunde com a nova ortografia?


A reforma do nosso sistema ortográfico começou em 1990, mas a implantação ainda é lenta porque os países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné- Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) precisam adotar a padronização que torna o idioma mais fortalecido.

Em 2007, o Ministério da Educação do Brasil começou a preparar as mudanças nos livros didáticos e pretendia que elas estivessem totalmente implantadas em 2009. As maiores resistências à reforma vieram de Portugal, justamente o país que deve ter mudanças mais significativas. Os portugueses só ratificaram o acordo em maio de 2008.

As primeiras tentativas de unificação ortográfica dos países lusófonos aconteceram no início do século 20. No Brasil, já houve duas reformas ortográficas: em 1943 e em 1971. Ou seja, um brasileiro com mais de 65 anos vai passar por três reformas. Em Portugal, a última reforma aconteceu em 1945. Muitas diferenças entre Brasil e Portugal continuaram.

No Brasil, a reforma ortográfica foi oficializada no dia 29 de setembro de 2008, pelo então presidente Luís Inácio Lula da Silva. De acordo com a resolução, as duas grafias (a antiga e a nova) continuaram valendo até dezembro de 2012. Ou seja, desde então, o que vale no Enem, provas de concursos e em todos os textos em português no Brasil é a nova ortografia.


USO DO HÍFEN

1. Não se usa mais o hífen nos seguintes casos:


a. Prefixo terminando com vogal e o segundo elemento começando
com as consoantes s ou r. Nessa situação, a consoante tem que ser duplicada.
Como se escrevia: anti-religioso; contra-regra; extra-regulamentação; micro-sistema; anti-semita; contra-senha; infra-som; mini-saia
Como se escreve: antirreligioso; contrarregra; extrarregulamentação; microssistema; antissemita; contrassenha; infrassom; minissaia

b. Prefixo terminando em vogal e o segundo elemento começando com uma vogal diferente.
Como se escrevia: auto-aprendizagem; auto-estrada; infra-estrutura; auto-instrução; agro-industrial; extra-escolar; auto-escola; hidro-elétrica
Como se escreve: autoaprendizagem; autoestrada; infraestrutura; autoinstrução; agroindustrial; extraescolar; autoescola; hidroelétrica

c. Prefixo terminado por consoante e o segundo elemento começando por vogal.
Como se escreve: hiperativo; interescolar; interestadual; interestelar; interestudantil; superamigo; superaquecimento; supereconômico; superexigente; superinteressante; superotimismo


d. Nas palavras que perderam a noção de composição.
Como se escreve: madressilva; mandachuva; paraquedas; paraquedista; pontapé

2. O hífen é usado nos seguintes casos:

a. O hífen continua sendo utilizando quando o prefixo termina com r (hiper, inter e super) 
e a primeira letra do segundo elemento também.

Como se escreve: super-resistente 

b. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. 
Como se escreve: anti-histórico; co-herdeiro; macro-história; mini-hotel; proto-história; sobre-humano; super-homem; ultra-humano 
Exceções: subumano, desumano, desumidificar, inábil.

c. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. 
Como se escreve: anti-imperialista; anti-inflacionário; anti-inflamatório 

d. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.
Como se escreve: hiper-requintado; inter-racial; inter-regional; sub-bibliotecário; super-racista; super-reacionário; super-resistente; super-romântico


e. Nos prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré e pró.
Como se escreve: além-túmulo; aquém-mar; ex-aluno; ex-diretor; ex-hospedeiro; ex-prefeito; ex-presidente; pós-graduação; pré-história; pré-vestibular; pró-europeu; recém-casado; recém-nascido; sem-terra

f. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Como se escreve: anajá-mirim; capim-açu; amoré-guaçu

Dicas dos autores da Editora HTC: Giovanni Toscano e Rafael Riemma.
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